domingo, 30 de agosto de 2009

Domingão de sol.

Domingão de sol. Céu azul. Família reunida. Pense rápido: qual a melhor forma de aproveitar um dia assim? (Ganha ponto comigo o leitor que optou por desfrutar de bons momentos com a família a beira de um rio de águas cristalinas).

Pois é, era o que eu provavelmente estaria a fazer não fosse à obrigação de trabalhar (às vezes – quase sempre - trabalho aos domingos também!). Mas, acreditem, tem gente que prefere aproveitar um dia bonito assim (como hoje) de outra forma.

Bom, estava eu no laboratório de análises físico-químicas da empresa onde eu trabalho quando o rádio de comunicação interna INTERROGA:

- Ô camaleão, tá na escuta?

Era o vigilante da estação (E.T.A. – estação de tratamento de água -, lugar onde eu trabalho) chamando por minha atenção. Respondi:

- Fala seu Zé! (geralmente quando ele nos chama pelo rádio é para avisar que teremos visita. Ou seja, alguém – nossa gerente, setor de coletas para análises bacteriológicas, ou até mesmo, funcionários terceirizados vindo prestar algum serviço qualquer - está entrando na ETA). Pensei: Quem será que tá aí pra encher o saco?

- Ô, tem como tu ligar para a polícia? Tem um homem aqui na portaria que disse ter sido agredido por alguns Banhistas ali do Rio. (tá, esqueci de dizer, trabalho bem próximo a um rio onde muita gente se reúne pra tomar banho).

- Opa! Ligo sim seu Zé! Respondo um pouco surpreso com o pedido.

Pego o telefone e disco o número da polícia. (tá, esqueci de dizer também que o nosso telefone só funciona quando ele quer. Ta estragado faz um tempão e ninguém arruma. Baita de um M#@%!). Tento uma vez e nada. Duas e nada. Três e ainda nada. De repente o rádio de comunicação interna GRITA DESESPERADO:

- Ô Camaleão, liga pra polícia urgente! Os caras tão se pegando na porrada aqui na portaria.

- Putz! To tentando Seu Zé! (Aqui meus ânimos já estavam aguçados. Comecei a ficar nervoso. Uma porque o Telefone não funcionava, outra porque o AR de desespero da Voz do seu Zé era preocupante. Pensei: Caramelos meu, tão se matando lá embaixo!).

Finalmente na quarta tentativa o telefone funciona.

- Polícia militar, boa tarde? (sinceramente? A voz do atendente assemelhava-se a voz de alguém que havia acabado de acordar. Não quero causar polêmica, mas, eu acho que até ouvi um meio-bocejo ressoar na ligação).

Falo com o atendente e passo as informações colhidas com seu Zé. Dou o endereço da estação e pronto, fiz a minha parte. O atendente informa:

- Daqui a pouco eles chegam aí! (só faltou ele completar: - agora eu vou voltar pro meu soninho!).

Desligo o telefone e aviso o seu Zé por rádio:

- Seu Zé? A polícia já está a caminho! (Nesse momento, uma curiosidade insana tomou posse de mim. Disse-me ela: - Ei, tu não vai dar uma olhadinha? Vai ficar aí e perder a chance de ver uma bela briga de rua? Tá, eu confesso, me divirto às vezes com a desgraça alheia, mas, quem não se diverte?).

Desci do laboratório e fui até a portaria. Ao chegar lá, avisto um Sujeito sem camisa, com sangue nos joelhos – provavelmente por te caído de joelhos no chão – e um baita de um ROXO nos olhos.

Pergunto-lhe o que foi que aconteceu e ele responde como se nada tivesse acontecido:

- Eu estava ali próximo ao rio roçando um terreno que eu tenho quando ouvi um barulho no ranchinho que eu Construí para guardar minhas ferramentas. Fui ver o que era e encontrei dois sujeitos embriagados tentando roubar minhas Coisas. Fui falar com eles e eles me agrediram.

Fiquei impressionado com a Calma do Tiozão. Nem parecia que ele tinha acabado de levar uns SOPAPOS no pé do ouvido. E o melhor, os Agressores do TIOZÂO, mesmo sabendo que ele tinha pedido pro Seu Zé (o vigia da estação) chamar a polícia, permaneceram no mesmo local, bêbados e loucos, à beira do rio – como se nada tivesse acontecido.

Achei tudo muito Estranho. Havia uma estranha calma imperando no ar. Uma calma que não era digna dos Berros do Seu Zé no rádio de comunicação interna da E.T.A., e, por um momento me desanimei – Não presenciei nenhuma cena de briga, nem um soco no olho, nem mesmo um peteleco no ouvido. Minha curiosidade também ficou pra baixo. Disse-me ela: Pô, achei que nós veríamos sangue escorrendo por todos os lados!

Então chegou a polícia. Dois policiais desceram do carro empunhando entre os dedos, cada um com a sua, uma arma. Perguntaram a respeito do que aconteceu. Reuniram os agressores e o agredido, deram-lhes alguns sermões e os mandaram embora.

E eu fiquei a pensar: Pô, nem uma Coronhada? Nem uma rasteira? Quem sabe, um Hadukem no peito dos agressores?

Enfim. Todos foram para os seus respectivos lares (assim eu espero) e a paz, ops, quis dizer, a Mesmice voltou a reinar...

O problema é que eu cheguei em casa agora a pouco com uma vontade de ver um pouco de violência. Procurei por uma LUTA na NET, e olha o que eu achei:


G-suis, Deus me livre de puxar confusão um dia com um cara desses.....Elaiaaaaa!

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Um Camaleão dentro de um Aquário...Ou, numa linguagem mais Denotativa, alguém que Vive uma flexível versão de Si mesmo. Não morreria por quem sou agora, mas, talvez, por quem poderia vir a ser amanhã... Dentro do Aquário, quer dizer que estou dentro da VIDA....Quer dizer que VIVO! E este Blogue, nasceu com o único propósito de Descarregar algumas das minhas Ilusões, dos pensamentos, dos contos que Pairam pela minha Mente, das coisas que já fiz...Enfinx, é uma mistura de Diário da vida com Um diário de uma imaginação...